Em meio a uma realidade em que o síndicos assumem cada vez mais funções, as administradoras têm optado por contratar profissionais para o cargo que sejam formados em cursos específicos na área. Os principais fatores para a contratação dos síndicos profissionais são aumento da responsabilidade na gestão do condomínio e a falta de disponibilidade de moradores para assumir o cargo, por receio de se indispor com vizinhos.

Para Anna Carolina Chazan, gerente de uma administradora de condomínios, as novas normas para condomínios têm exigido síndicos mais preparados e envolvidos com o trabalho. Duas dessas normas são a autovistoria predial e o e-Social, que é o envio digital de dados trabalhistas e previdenciários para o governo federal. Caso as normas não sejam cumpridas, o condomínio pode ser punido com multas. “O síndico profissional acompanha e tem um maior conhecimento das novas legislações, se aperfeiçoa com cursos de capacitação. E, dessa forma, evita prejuízos ao condomínio”, destaca Anna.

Porém, Ricardo Chalfin, diretor de uma administradora, observa que o fato de o síndico profissional não viver no condomínio que administra pode prejudicar a identificação imediata das demandas dos moradores. “A falta de conhecimento da rotina e dos moradores do condomínio podem ser empecilhos nesse tipo de trabalho”, ressalta.

Especialistas orientam profissionais a abrir um canal de comunicação. Até criar um grupo no WhatsApp ou enviar e-mails periódicos sobre as demandas do condomínio podem ser uma alternativa. “Isso dá suporte ao síndico para que ele tenha conhecimentos dos problemas e possa agir”, afirma Anna Carolina.

Fonte: Jornal O Dia